24 de fevereiro de 2009

BERLIOZ E "ROMEU E JULIETA"


A música clássica tem uma característica muito própria. Muitas vezes ouvimos uma obra várias vezes sem que ela nos cative, ou seja, não descobrimos sua beleza particular. Um belo dia, voltamos a ouvi-la e, de repente, ela se nos mostra de uma forma diferente. Vem com "tudo". Foi o que aconteceu com "Romeu de Julieta", de Berlioz, uma Sinfonia dramática com coros, solos, canto e prólogo, em recitativo coral, como a descreveu o próprio compositor. Tinha ele, na ocasião, 36 anos. Esse seu opus 17 nos mostra toda sua arte instrumentativa e o quanto seu trabalho apontava para o futuro. A obra toda é muito boa, especialmente as terceiras e quinta cenas e o final, um dos mais belos que conheço. Toda a essência dessa bela história de amor está nessa "sinfonia" na qua, segundo o músicólogo Ernest Newman " seu espírito chegava a resultados mais sutis, e ele cantava não a si próprio, mas a toda a humanidade. É agora o que todo grande artista é instintivamente - filósofo tanto quanto cantor". Dessa obra há um dvd, no qual a peça é executada pela excelente Bavarian Radio Symphony sob a regência de um especialista: Sir Colin Davis. Os cantores são a mezzo Hanna Schwarz, o tenor Philip Langridge,e o baixo Peter Meven . A gravação é de 1983. Se você a aprecia, não pode deixar de tê-la.

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