3 de abril de 2014

ESPETÁCULO NACIONALISMOS E VANGUARDAS: VARIAÇÕES EM TORNO DE 1964

Espetáculo Nacionalismos e Vanguardas: Variações em torno de 1964

Dia 8 de abril, terça-feira, às 20h30, acontece 

espetáculo Nacionalismos e Vanguardas: Variações

em torno de 1964 com o Núcleo Hespérides – 

Música das Américas no Centro Cultural São Paulo

A apresentação lembra os 50 anos do Golpe Militar, na série


musical organizada por Dante Pignatari.Grátis!

Será a estreia mundial da obra Geladeira de Paulo C. Chagas, oratório digital sobre uma experiência pessoal detortura ocorrida em 1971, durante a ditadura militar, quando o compositor tinha 17 anos de idade. Essa obra foi composta especialmente para essa apresentação.




Os músicos do Núcleo Hespérides – Música das Américas que participam do espetáculo são: Adélia Issa (soprano), Maria Lúcia Waldow(meio-soprano), Ademir Costa (barítono), Eliane Tokeshi (violino), Ji Yom Shim (violoncelo), Ricardo Kubala (viola), Rosana Civile (piano) eJoaquim Abreu (percussão). Músicos convidados: Paulo C. Chagas (composição e eletrônica) e Ricardo Bologna (regência).

A obra A Geladeira de Paulo C. Chagas foi composta sobre um texto de autoria do próprio compositor, refletindo sua experiência de tortura na “geladeira” - um cubículo completamente escuro e frio, onde havia um sistema de alto-falantes embutidos nas paredes e nos tetos, usado para uma nova forma de tortura acústica - e sobre a tortura em geral. A tortura é associada à escuridão da ignorância, à dor e ao sofrimento da vítima da tortura, e à logística de violência e crueldade, simbolizada pela figura do torturador. Entretanto, mais do que um libelo contra a realidade desumana e degradante da tortura, A Geladeira propõe um movimento para superar a atual Idade da Tortura: como a luz radiante que dispersa as trevas, a doce melodia de uma música que vive não-cantada, ou o sorriso do canto de Paz.


Cenas de A Geladeira

Introdução: a escuridão da inconsciência
A eletricidade: máquina de meter medo
Os ruídos: imersão nas vibrações caóticas
O frio: sopro da morte
A culpa: testemunhando a tortura de um ser amado
A dor: sentimento de finitude
As formas de tortura: a tortura invisível
A paz: música que vive não-cantada

Programa

Camargo Guarnieri (1907-1983)
Ponteio e dança, para violoncelo e piano (1946)

Hans-Joachim Koellreutter (1915-2005)
Cantos de Kulka, para soprano e piano (1964)

César Guerra-Peixe (1914-1993)
Ê-Boi!,  para canto e piano (1958)
Duo, para violino e viola (1946)

Eunice Katunda (1915-1990)
Duas cantigas das águas, para canto e piano (1957)
    Em louvor de Oxum
    Em louvor de Yemanjá

Edino Krieger (1928)
Canção do violeiro, para canto e piano (1956)

Cláudio Santoro (1919-1989)
Adagio, para viola e piano (1946/1965)
Meu destino, para canto e piano (1958)

Gilberto Mendes (1922)
Lamento, para canto e piano (1956)

Ernst Widmer (1927-1990)
Massacre, op. 32 nº 6, para voz grave e piano (1964)

Paulo C. Chagas (1953)
A Geladeira (estreia mundial) – oratório digital para meio-soprano, barítono, violino, viola, violoncelo, piano, percussão e sons eletrônicos.
Paulo C. Chagas

Compositor brasileiro de reputação internacional,tem sido atuante no campo da música eletroacústica e tecnologias intermídia com obras significativas integrando eletrônica com música instrumental e vocal, escritas para orquestra, ópera, balé e grupos vocais e instrumentais.
É doutor em Musicologia pela Universidade de Liège, Bélgica, e foi Diretor de Som do Estúdio de Música Eletrônica da Rádio WRD de Colônia, Alemanha. Desde 2004 é Professor de Composição na Universidade da Califórnia, Riverside, EUA, e atualmente chefe do Departamento de Música.
Além de compositor, Paulo C. Chagas é autor de livros, artigos e outras publicações internacionais, e seu livro mais recente, Unsayable Music, desenvolve uma reflexão teórica, crítica e analítica sobre questões chaves da música contemporânea, incluindo música acústica, eletroacústica e digital, composição audiovisual e multimídia.

Núcleo Hespérides – Música das Américas

Idealizado pela pianista Rosana Civile, o Núcleo Hespérides – Música das Américas foi fundado em 2002 com a finalidade de reunir, preservar e divulgar a Música das Américas, especialmente a composta a partir do século XX, e propõe contribuir para o resgate de parte das riquezas culturais das três Américas e Caribe.
O Núcleo se apresenta regularmente nas principais salas de concerto em todo o Brasil. Em sua discografia, estão os CDs Luminamara - Música Contemporânea do Brasil, e os CDs duplos Retratos de Radamés (patrocínio da Petrobras) e Sons das Américas (selo SESC).

Serviço:

Espetáculo Nacionalismos e Vanguardas: Variações em torno de 1964
Dia 8 de abril – terça-feira - 20h30 A trajetória das vanguardas, de 1946 a 1964, e a estreia mundial do oratório digital A Geladeira, de Paulo C. Chagas.

Núcleo Hespérides – Música das Américas
Músicos: Adélia Issa (soprano), Maria Lúcia Waldow (meio-soprano), Ademir Costa (barítono), Eliane Tokeshi (violino), Ji Yom Shim (violoncelo), Ricardo Kubala (viola),
Rosana Civile (piano) e Joaquim Abreu (percussão). Músicos convidados: Paulo C. Chagas (composição e eletrônica) e Ricardo Bologna (regência).  

Local: Centro Cultural São Paulo
Sala Jardel Filho (321 lugares)
Rua Vergueiro, 1000 – São Paulo-SP

Duração: 90 min
Classificação indicativa: 12 anos
Entrada franca
A bilheteria será aberta duas horas antes do início do concerto para a retirada de ingressos (até dois ingressos por pessoa)

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