Orange tem-nos dado, nos últimos anos, produções primorosas em todos os sentidos. Pena que não tenham siddo comercializadas de modo a que um grande número de pessoas possam ter acesso às maravilhas que lá tem sido feitas. Aqui tenho comentado sobre aquelas que pude ter tido acesso graças a amigos que nos enviam da França cópia do que a televisão tem transmitido.
A mais recente diz respeito à Cavalleria Rusticana e Pagliacci com Roberto Alagna.
Acabei de assistir à Cavalleria, que traz também um belo documentário de Alagna em sua terra natal.
A desgraça de Orange é a inclemente ventania que lá se faz presente. No dia em que foi gravada "Cavalleria", ela estava terrível. Beatriz Ulria-Monzón que faz Santuzza sofreu à bessa.
A grande estrela dessa noite foi o maestro Georges Pêtre que, do alto de seus 85 anos, deu-nos uma lição sobre como abordar essa obra prima do verismo, tendo como norte a "delicatesse". Sim, muito da bela música que essa obra contém veio à tona nas mãos desse homem experimentado. Quanta paixão brotou daquelas mãos enrrugadas pelo tempo, mas calejadas pela experiência.
Ulria-Mónzon compôs sob toidos os aspectos uma Santuzza "comme il faut". Alagna saiu-se bem, apesar da carência de volume de modo geral; o mesmo se pode dizer do barítono que faz Alfio, o coreano Seng-Hyoun Ko.
A ação se passa no século XX, numa produção feliz, à qual não faço reparo algum.
Vejamos agora Pagliacci
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