O grande tenor brasileiro aniversariava hoje. Neste país sem memória, onde não se dá o devido valor aos grandes nomes da música em geral, estaria praticamente esquecido não fora o Festival com seu nome em Santa Catarina.
Foi um dos melhores tenores bachianos de sua geração, como atestam inúmeras gravações de cantatas que existem no mercado. Excetuando o link que indiquei, nada mais há na web sobre ele. Lamentável. Coincidentemente faleceu também no mês de janeiro (5). Eu estava na praia de Copacabana quando isso ocorreu e recebi a notícia via Rádio MEC , que estava ouvindo na ocasião.
Um comentário:
Conheci o Aldo na Escola de Canto Lírico Carmem Gomes do Teatro Municipal. Ele era um menino abraçado a um violoncello procurando o maestro Nelson Nilo Hack para tocar na orquestra Juvenil.
Eu estava sozinho no terceiro andar do prédio antigo brincando no piano e aguardando o início das aulas e me chega o Aldo.
A Escola de Canto estava mal e eu convenci o Aldo a fazer um teste para entrar na escola. Ele relutou mas insisti e ali mesmo preparamos a primeira lição do Concone 50 lições eo Tre Giorni Son Che Nina.
Ele desceu ao segundo andar a fez o teste e passou. Daí para frente fui tranferido para São Paulo e só o vi cantando nos Teatros deste mundo.
A imagem que ainda tenho na cabeça é aquele garoto menor que o instrumento, muito gentil e um pouco confuso procurando o Maestro Hack.
Ele nunca mencionou este fato e muito menos eu. Ontem me lembrei dele e desta história. Pensei entrar em contato com ele, mas vim pararaqui sabe-lo morto.
Antonio Tiburcio
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