13 de março de 2007

O MUNICIPAL E RACHMANINOV

Impossível deixar passar em branco. Eu ainda não presenciara concertos regidos pelo maestro Florêncio. Agradou-me o seu trabalho. Meticuloso, soube extrair o máximo da bela partitura de Rachamaninov. Aliás a "Municipal" está bem melhor. Como sempre, os sopros dão o melhor de si e soam maravilhosamente. Foi uma supresa a 1ª trompa que fez um ótimo trabalho. O problema continua sendo os trumpetes e trombones, esses últimos principalmente, com sua emissão extremamente forte desequilibrando o conjunto. É claro houve progresso, porém.... A senhora Martinez que me desculpe, seu Rachmaninov mais parecia uma ária de verista, principalmente na delicada "Vocalise". O brilho entre os solistas ficou com o excelente José Gallisa a quem coube o últimos dos "sinos", os que expressam a morte. Os aplausos que recebeu foram merecidos.
Lamentável que espetáculo desse porte tenha sido apresentado em uma casa quase totalmente vazia. Estariam presentes 100 pessoas? É necessário que se faça algo para que o público retorne ao Muncipal. No domingo, com um programa também muito bom, não foi diferente. Talvez seja necessário um trabalho massivo de mídia para divulgar os espetáculos sinfônicos, pois com as óperas a situação é diferente. Eu havia alimentado grandes esperanças na administração Serra, que se dissiparam em menos de um ano. Na gestão Kassab tudo continua igual . A última esperança é a criação de uma fundação para o teatro que parece caminhar a passos de tartaruga.
É necessário que se faça algo semelhante ao que ocorreu com a Osesp. Um choque de competência que livre o Theatro desse marasmo, inadmissível nos dias atuais.

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