The poverty and great wealth of Russia's new music
By George Loomis
MOSCOW: The program book for this year's Moscow Forum contemporary music festival mimics a faded green booklet, its edges yellowed and worn. With Russian self-deprecatory humor, the cover symbolizes, says the composer Vladimir Tarnopolski, the financial "poverty" that afflicts new music in Russia and, specifically, Moscow Forum, which he has run since 1994. "We received no money from the Ministry of Culture," he said of this year's event, held last week. "The only major funding comes from Germany," which financed appearances by the crack Freiburg-based Ensemble Recherche. "Our performers play for free." Fortunately, the Moscow Conservatory's Studio for New Music Ensemble, Igor Dronov, conductor, holds its own with the best such groups.
By George Loomis
MOSCOW: The program book for this year's Moscow Forum contemporary music festival mimics a faded green booklet, its edges yellowed and worn. With Russian self-deprecatory humor, the cover symbolizes, says the composer Vladimir Tarnopolski, the financial "poverty" that afflicts new music in Russia and, specifically, Moscow Forum, which he has run since 1994. "We received no money from the Ministry of Culture," he said of this year's event, held last week. "The only major funding comes from Germany," which financed appearances by the crack Freiburg-based Ensemble Recherche. "Our performers play for free." Fortunately, the Moscow Conservatory's Studio for New Music Ensemble, Igor Dronov, conductor, holds its own with the best such groups.
3 comentários:
Para você ter uma idéia do que acontece, hoje, na música russa, pós-colapso da URSS, José Carlos, há um site muito interessante: Classical Music Archives. Ele contém trechos gravados de compositores de todas as épocas e países mas, como é produzido em Moscou, dá muito destaque aos compositores russos. Cadastrando-se no site, você pode ouvir gratuitamente cinco peças por dia.
Eles ainda não têm trechos dos "Filhos de Rosenthal", de Leoníd Desiátnikov, mencionado pelo autor da matéria que você cita, e que causou grande escândalo ao estrear no Bolshói: uma história muito irreverente, envolvendo a clonagem dos ditadores do passado. Mas têm trechos muito numerosos de "Koról Diémian" (O Rei Damião), uma ópera coletiva escrita por quatro ou cinco compositores -- Desiátnikov foi um deles -- que ilustra o hibridismo das tendências atuais em que, à linguagem herdada dos nacionalistas russos, misturam-se traços vanguardistas ocidentais, incluindo o namoro com o minimalismo.
Uma outra ópera que vale a pena conferir é "Einstein i Margarita", de Iraída Iussúpova, baseada no episódio da ligação do físico com Margarita Konniênkova, a mulher de um amigo dele, o escultor Serguêi Konniênkov -- que, depois, descobriu-se ser uma pessoa infiltrada pela KGB junto a Einstein, para obter informações sobre as suas teorias.
No site há trechos de composições de Ustvólskaia, Shnitke, Gubaidúlina, Denísov, Silvéstrov, Tíshtchenko e outros -- ou até de compositores mais recentes, como Iúri Kaspárov, o responsável pela organização da "Moskóvskaia Ósien" (Outono de Moscou), um dos mais respeitados festivais de música contemporânea.
Uma das tendências pós-dissolução da URSS que mais chamou a minha atenção é a freqüência com que esses compositores atuais, após décadas de repressão e de ateísmo obrigatório, voltam-se para temas místicos ou para a música litúrgica, pura e simples. Um dos exemplos mais típicos disso é o "Stabat Mater" de I. Kaspárov, uma peça muito bem escrita. Vale a pena o passeio, José Carlos -- principalmente por que eu sei da simpatia que você tem pelo repertório russo.
Obrigado pela dica. Após anos e anos de "controle" dá para imaginar a efervescência que dev e haver para lá no mundo artístico.
Abs
José Carlos
Obrigado pela dica. Após anos e anos de "controle" dá para imaginar a efervescência que deve haver por lá no mundo artístico.
Abs
José Carlos
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