Meu contato com a arte de Agnes Ayres se deu no final dos anos 1960, quando a vi cantando no Teatro Municipal de São Paulo, era o momento final de sua carreira. Muitos anos depois, por força de minha iniciativa em resgatar a memória de Constantina Araujo (1922-1966), sua contemporânea na antiga Rádio Gazeta e no referido Teatro, fui procurá-la em seu apartamento, no Edifício Copan, a fim de colher elementos para inserir uma página na web com dados sobre sua carreira. Acolheu-me gentilmente e passamos bons momentos conversando sobre seu passado musical. Mostrou-me uma fita cassete com a uma gravação de sua apresentação num Rigoletto, na Itália, a qual transcrevi para cd e lhe presenteei.
Ausente de São Paulo por mais de um mês devido a doença em família, somente hoje pelas páginas da Revista Concerto, edição de Janeiro/Fevereiro, tomei conhecimento de seu falecimento no início de dezembro passado.
Infelizmente, é mais um grande nome do passado operístico de São Paulo que nos deixa sem que a devida homenagem e reconhecimento lhe tenham lhe tenham sido prestadas.
Não há muito tempo, comentava com um amigo a respeito da falta de memória que grassa em nosssos teatros e, na ocasião, citei o nome de Agnes Ayres que merecia um concerto em sua homenagem no Teatro Municipal de São Paulo.
Ela partiu sem que a homenagem houvesse sido prestada.
Adeus Agnes, seu lindo "Caro Nome" está encantando outras esferas.
Um comentário:
Passei pelo prédio onde morava Agnes para saber o que a teria levado à morte. Teve uma boa morte, felizmente. Quando retornava do almoço, sentiu-se mal e foi levada para um hospital onde veio a falecer em seguida.
Descanse em paz, grande soprano.
José Carlos
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