Montagem de A Menina das Nuvens recupera um dos aspectos menos célebres da obra do autor, de quem se lembram em novembro os 50 anos de morte
João Luiz Sampaio, BELO HORIZONTE
Em meio ao extenso catálogo do compositor Heitor Villa-Lobos, é difícil escolher qual a porção menos conhecida ou interpretada de sua obra. Com exceção das Bachianas Brasileiras, dos Choros e de algumas peças de câmara e para piano, ouvimos muito pouco e, normalmente, por meio de gravações feitas na Europa. No momento em que se lembram os 50 anos de morte do compositor, seria de se esperar que o quadro se alterasse. A efeméride, porém, tem servido apenas para reforçar o descaso com aquele que é considerado nosso maior compositor. Por tudo isso, a montagem da ópera A Menina das Nuvens apresentada no final do mês passado no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, acabou sendo a grande homenagem prestada este ano ao compositor, mostrando o que sua música tem de mais interessante e, por que não, problemática.
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