Fui assistir ontem ao filme.
A encenação é uma sucessão de bobagens praticadas numa ópera que tradicionalmente tem uma encenação realista. Não estou defendendo o realismo em ópera, em absoluto.
Somente para citar um exemplo: para que Tosca deitar-se num sofá para ali matar o sádico Scarpia. Toda a dramaticidade dessa cena esvaiu-se com isso.
Costumo dizer que hoje, minhas preferências vão, de modo geral, para uma abordagem estilizada e com boa iluminação.
Não gostei do regente Joseph Colaneri, achando que estava regendo essa bela partitura com uma mão pesada demais.
Mattila abusa das caretas como sempre, porém faz uma Tosca dramática ao extremo. Seus graves são excelentes.
Alvarez é um Mario superbo.
A sala do Shopping Bourbon é excelente. Muito confortável.
O barítono geogiano compõe muito bem, vocal e cênicamente, o personagem.
O veterano Paul Plishka faz um excelente sacristão. Foi muito bom revê-lo em cena.
Um comentário:
Também assisti e concordo com o que foi dito, sobretudo com relação ao canto (que foi muito bom, a meu ver). Com relação à encenação, péssimo gosto do Diretor. Há, como foi dito, uma sucessão de bobagens, mas há ainda muito mal gosto: veja a cena final do Te Deum, quando Scarpia beija o véu da Santa e depois...a boca da mesma. Péssimo!!!
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