30 de novembro de 2009

UTOPIA LTDA

Espetáculo: UTOPIA, Limitada
Ópera cômica em dois atos de Gilbert e Sullivan
Com Núcleo Universitário de Ópera e Orquestra Sinfônica do NUO
Direção geral e regência: Paulo Maron
Preparação corporal: Marília Velardi
Preparação de coro: Guilherme Gama
Utopia, Limitada é uma sátira política e social que brinca com um dos símbolos do capitalismo moderno, a Empresa Limitada. As cenas musicais (em inglês) são intercaladas por diálogos (em português) muito bem elaborados e cômicos, características que fizeram jus à reputação dos autores. Esta é a 12ª criação de W.S. Gilbert e Sir Arthur Sullivan, respectivamente libretista e compositor, que dominaram o meio musical britânico, entre os anos de 1875 e 1896, com suas divertidas operetas que sempre fizeram enorme sucesso, por onde quer que sejam montadas.
Esta é a sétima produção do Núcleo Universitário de Ópera com obra de Gilbert e Sullivan, sendo reconhecido como único grupo estável de ópera, da América Latina, especializado em encenar esse autores. O NUO é também pioneiro no trabalho operístico com jovens universitários, vindos das mais diversas faculdades de música. O trabalho de formação artística vai além da música; os jovens estudam interpretação e têm aulas de preparação corporal, formando um grupo estável e diferenciado, desde 2003, especializado em operetas.
O enredo de Utopia, Limitada
A história se passa em uma ilha dos mares do Sul, chamada Utopia, governada por um rei déspota, Paramount I, que tem tamanha adoração pela cultura britânica, ao ponto de enviar sua filha Zara para estudar numa universidade, em Londres. O rei, na verdade, é um fantoche nas mãos dos Juízes Schaphio e Phantis, tidos como sábios anciões. Eles manipulam o rei e mantêm as finanças da ilha sob controle.
Zara retorna, depois de cinco anos, e vê a trágica situação de seu pai. Junto com ela veio uma comitiva de importantes representantes da elite inglesa, incluindo um oficial da Cavalaria da Marinha e um advogado ilustre. Este último sugere ao rei que transforme a ilha em uma Empresa Limitada , para que se desenvolva mais rapidamente e para que o capital investido fique, praticamente, imune a perdas. O rei aceita com satisfação as sugestões dos britânicos, apelidados de “flores do progresso”, e faz de Utopia uma Empresa Limitada. A partir daí, o público acompanha, em cenas divertidas, como os habitantes reagem ao choque cultural que começa a acontecer com a instalação do novo sistema de administração em Utopia.
A Inglaterra Vitoriana, a Empresa Limitada e Gilbert & Sullivan

A Inglaterra do Século XIX foi marcada pelo auge econômico. Até então, esse foi considerado o período de ouro da Revolução Industrial Britânica, conhecido como Era Vitoriana. Quando o Rei Guilherme IV faleceu, em junho de 1837, sem ter filhos, Vitória torna-se Rainha com apenas 18 anos. Seu reinado seria o mais longo de um monarca britânico, durando 63 anos, até sua morte em 1901. A Rainha Vitória depositou sua confiança em algumas personalidades, fundamentais para o crescimento do Império. Uma delas foi William Gladstone que, em 1862, como Primeiro Ministro da Inglaterra, criou a lei que definiria o conceito de sociedade de responsabilidade limitada, ou seja, a empresa privada. Com o Ato de 1862 os acionistas de uma empresa em falência perderiam apenas o capital investido, salvando o patrimônio de muitos investidores.
O ato de 62 definiria, portanto, o destino do capitalismo moderno e, 30 anos depois, a Empresa Limitada (ou Ltda. como costumamos abreviar aqui) era uma realidade, tanto na Inglaterra como fora dela. Foi então que W.S. Gilbert decidiu satirizar esse momento econômico, o momento da febre das empresas privadas, escrevendo o libreto de Utopia, Limitada. Nas mãos de Gilbert e Sullivan esse momento histórico rendeu uma de suas melhores e mais divertidas sátiras políticas. A opereta estreou em 7 de outubro de 1893, no Teatro Savoy, apresentando 245 récitas consecutivas.
Foi no meio desse auge da economia britânica que surgiu a dupla Willian Gilbert e Arthur Sullivan, criadores de uma série de 13 operetas, entre 1875 e 1896, que resultaram num estrondoso sucesso. Dentre suas mais importantes e famosas obras constam O Mikado, Os Piratas de Penzance, O Feiticeiro, Patience, Trial By Jury e HMS Pinafore. Todas já foram produzidas pelo Núcleo Universitário de Ópera
Récitas: Dias 11, 12 e 13 de dezembro

Horários: sexta e sábado (às 20h30) e domingo (às 17 horas)

Local: Theatro São Pedro - www.theatrosaopedro.sp.gov.br

Rua Barra Funda, nº 171 – Barra Funda/SP - Tel: (11) 3667-0499

Ingressos: R$ 30,00 (com ½ entrada) - Duração: 2 horas (2 atos, com intervalo)

Capacidade: 636 lugares - Desaconselhável para menores de 7 anos - Metrô: Marechal Deodoro

Ar condicionado - Acesso universal - Bilheteria: 4ª a dom. (14h às 19h ou até o início das sessões) Aceita cheque, dinheiro e cartões (V e MC) - Vendas antecipadas: 4003-1212 www.ingressorapido.com.br.

Site - Núcleo Universitário de Ópera: www.nuo.com.br

Produção: NUO – Núcleo Universitário de Ópera

Apoio: APAA - Associação Paulista dos Amigos da Arte e SEC do Governo do Estado de São Paulo

Intérpretes/personagens:

Jorge Trabanco (barítono): Paramount I (Rei de Utopia)

Marco Rodrigues e Fábio Visconde (barítonos): Scaphio e Phantis (Juízes da Suprema Corte de Utopia)

Caio Oliveira (tenor): Capitão Fitzbattleaxe da cavalaria britânica

Natalia Kawana (soprano): Princesa Zara (filha mais velha do Rei Paramount)

Lenara Abreu (mezzo-soprano): Lady Sophy (governanta inglesa)

Alexandra Liambos e Marina Lobato (sopranos): Nekaia e Kaliba (filhas mais novas do Rei)

Participação especial:

Pedro Ometto (barítono): Capitão Corcoran da Marinha Britânica

Luciano Simões (barítono): Sir Goldbury

Luiz Guimarães (tenor): Sir Bailey Barre



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