Meu primeiro contato com a música de Brahms deu-se por conta da Terceira Sinfonia, em 1967. Um amigo que estudava na FAU falou-me tanto a respeito dela que resolvi adquirir um long-play da Sinfonia. Não me recordo quem era o regente. É claro, apaixonei-me pela música em seus 4 movimentos.
Pouco tempo depois, foram lançadas no Brasil as 4 sinfonias do compositor por Karajan, as quais comprei.
No contato com as outras três, uma predileção pela Segunda nasceu, firmou-se e me acompanha até hoje.
Brilhante, radiosa, vienense. É assim que eu a vejo, descendente direta da polifonia de Bach e das últimas sinfonias de Haydn e com uma pitada do sinfonismo schumanniano. O longo finale do último movimento, "allegro con spirito" é puro classicismo, no melhor estilo de Haydn.
Ao longo de quase todos os movimentos os instrumentos de sopro dialogam entre e si e com as cordas. O tímpano tem um papel importante no transcorrer da sinfonia.
Tudo isso está presente na apresentação de Gustavo Dudamel em Abril passado com a Orchestre Philharmonique de Radio France.
As 4 sinfonias foram apresentadas em dois concertos, nos dias 13 e 20/4
Hoje assisti ao vídeo da 2ª e amei a interpretação original de Gustavo Dudamel que optou por um andamento mais arrastado que deu realce aos diálogos entre os naipes da orquestra e fez aflorar aspectos que eu nunca havia notado em tantas outras gravações. O público chamou-o quatro vezes após o termino da apresentação que mereceu os aplausos recebidos.
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