17 de março de 2015

Shostakovich Symphony NO.11 "1905-й год" : KBS Symphony Orchestra

Bizet Carmen Wiener Staatsoper

ABERTURA DA TEMPORADA 2015 DO CENTRO DE MÚSICA BRASILEIRA

Abertura da Temporada 2015 do Centro de Música Brasileira

Espetáculo “Cantos do Brasil”

No dia 21 de março, sábado, às 20h, acontece abertura da Temporada 2015 do Centro de Música Brasileira (CMB) com o espetáculoCantos do Brasil na Sala Cultura Inglesa do Centro Brasileiro Britânico, em Pinheiros. Apresentam-se as cantoras Erika Muniz(soprano) e Mariana Valença (mezzo-soprano) com o pianista Vagner Ferreira. No repertório obras de Camargo Guarnieri, Carlos Gomes, Dinorá de Carvalho, Edmundo Villa-Côrtes, Ernani Braga, Francisco Mignone, Heckel Tavares, Lorenzo Fernandes, Lupicínio Rodrigues, Marcelo Tupynambá, Osvaldo Lacerda, Waldemar Henrique e Wilson Fonseca. Apoio Cultural da Cultura Inglesa de São Paulo. Grátis!

Os músicos apresentam composições para Canto e Piano que valorizam diferentes elementos da cultura brasileira, trazendo para a sala de concerto tradições como as modas de viola, as lendas do folclore, as brincadeiras infantis e a cultura negra. Neste programa, cada canção conta uma história.

A proposta das temporadas do Centro de Música Brasileira é diversificar em cada apresentação a variedade de compositores eruditos brasileiros, os instrumentos, a região de cada músico e as diferentes formações. O CMB é uma sociedade civil sem fins lucrativos e foi fundado em São Paulo em 18 de dezembro de 1984 e iniciou suas atividades em 1985. Já realizou 302 apresentações em São Paulo, e um total de 47 em cidades do interior dos Estados de São Paulo e Minas Gerais. Promoveu nacionalmente vários concursos de interpretação: 7 de Canção de Câmara Brasileira; 5 de Músicas Brasileiras para Piano e 2 de Músicas Brasileiras para Flauta. Atualmente é presidido pela pianistaEudóxia de Barros.
Programa:
Osvaldo Lacerda – Pensamentos (textos de diversos autores)
Waldemar Henrique – Lendas amazônicas (com versos de Antonio Tavernard)
- Curupira
- Foi boto, sinhá
- Tamba tajá
- Matintaperêra
- Uirapuru
Ernani Braga - São João da-ra-rão (tradicional)
Edmundo Villani-Côrtes - Papagaio azul (letra e música de Villani Côrtes)
Dinorá de Carvalho – O Pipoqueiro (pregão)
Osvaldo Lacerda – O ron-ron do gatinho (poesia de Ferreira Gullar)
Francisco Mignone – Cantiga de ninar (versos de Sybika)
Mozart Camargo Guarnieri – Ponteio nº 44 (Desconsolado)
- Ponteio nº 49 (Torturado) – solos de piano por Vagner Ferreira
Heitor Villa-Lobos – Adeus ema (tema popular)
Heckel Tavares – Banzo (palavras de Murillo Araújo)
Lorenzo Fernandes – Essa negra fulô (poema de Jorge de Lima)
Tradicional - A casinha pequenina (arranjo de Radamés Gnattali)
Antonio Carlos Gomes - Quem sabe (texto de Bittencourt Sampaio)
Lupicinio Rodrigues – Felicidade (letra e música de Lupicinio Rodrigues)
Marcelo Tupynambá – Maricota sai da chuva (texto de José Eloy)

Próximo concerto:

18 de abril - Duo Gretchen Miller (violoncelo) e M.Elisa Risarto (piano)

Currículos:

Erika Muniz, soprano, nasceu no Rio de Janeiro, onde cursou o Bacharelado da UFRJ e estudou Canto com Sônia Dumont e Inácio de Nonno. Atualmente tem como orientadora Isabel Maresca. É cantora do Coro da OSESP desde 2008, preparadora vocal do Coral da Gente e professora de Canto Lírico do Instituro Bacarelli.
Mariana Valença, mezzo-soprano paulistana, é Bacharel em Canto pela UNESP - Universidade Estadual Paulista, integrante do Coro da OSESP desde 1994, e orientada atualmente por Isabel Maresca. Estudou Canto anteriormente com Benito Maresca, Leilah Farah, Martha Herr, Lenice Prioli e Jeller Filipe.
Vagner Ferreira, pianista, é Bacharel em Música pela Universidade Estadual Paulista e Mestre em Performance e Pedagogia pela Penn State University. Atualmente é músico contratado da Universidade Presbiteriana Mackenzie em São Paulo.


Serviço:

Dia 21 de março, sábado, às 20h
Centro de Música Brasileira (CMB)
Espetáculo Cantos do Brasil
Cantoras Erika Muniz (soprano) e Mariana Valença (mezzo-soprano), Pianista Vagner Ferreira
Apoio Cultural: Cultura Inglesa de São Paulo.
Local : Sala Cultura Inglesa do Centro Brasileiro Britânico (160 lugares)
Rua Ferreira de Araújo, 741 
Pinheiros - São Paulo 
Tel: (11) 3039 0500
Grátis!

Mais informações sobre a divulgação com Miriam Bemelmans (MTB 26.374) pelos telefones (11) 3034-4997 e (11) 9 9969-0416, pelo e-mailmiriam@bemelmans.com.br ou pelo site www.bemelmans.com.br

13 de março de 2015

LANÇAMENTOS EM BLU-RAY

Wagner: Parsifal





QUARTETO BORODINE


Rencontres Musicales d'Evian 2014 - Quatuor Borodine


En juillet 2014 depuis la Grange au Lac, le Quatuor Borodine, témoin des précédentes Rencontres Musicales d’Evian, présente La jeune fille et la mort de Schubert, Andante cantabile de Tchaïkovski et le quatuor n°2 de Borodine.
Après plus de 60 ans d'existence, le Quatuor Borodine reste l'un des meilleurs quatuors actuels. Il a profondément marqué l'histoire moderne du quatuor à cordes et fait référence depuis de nombreuses années pour ses interprétations de Beethoven et Chostakovitch mais transmet avec autant d’aisance le répertoire de Mozart à Stravinski.

QUARTETO MODIGLIANI


Rencontres Musicales d'Evian - Quatuor Modigliani

11 de março de 2015

QUEM SERÁ O SUCESSOR DE SIMON RATTLE À FRENTE DA FILARMÔNICA DE BERLIM?

Esta é a grande pergunta que os amantes da música clássica vêm se fazendo.
Artigo do Guardian aponta alguns favoritos. Qual é o de sua preferência?


Conducting's next big question: who will bag the Berlin Phil?

A minha preferência é:
Barenboim
Nezet-Seguin
Andris Nelsons
E a sua?

9 de março de 2015

ASSISTA AO CONCERTO DE ANGELA GHEORGHIU



Angela Gheorghiu sopran






Deutsche Radio Philharmonie Saarbrьcken Kaiserslautern
Tiberiu Soare dirigent
Festspielhaus in Baden-Baden, Germany, on December 31, 2014

Giuseppe Verdi
„Ritorna vincitor" Arie der Aida aus der Oper Aida
"Tu che le vanita conosceti del mondo” Arie aus der Oper Don Carlo
Antonin Dvorak
"Song to the Moon” Arie der Rusalka aus der Oper Rusalka
"Deschide, Deschide, Fereastra"- Romanta Romaneasca
Giacomo Puccini
"O mio babbino caro" 
Aria Lauretta, opera Gianni Schicchi
Agustin Lara

Granada

ENTREVISTA COM PHILIPPE JAROUSSSKY

Facing the music: Philippe Jaroussky

GUARDIAN

Dmitri Shostakovich - Symphony nº 4, Op.43





Uma de suas melhores sinfonias.

5 de março de 2015

PALESTRA SOBRE A ÓPERA "OTELLO"



Journal | Concertclassic

Journal | Concertclassic:

ACONTECENDO EM FRANÇA

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Marina Moura Peixoto, Artista de Todos Nós





“O talento musical pode revelar-se mais cedo que outros, porque a música é algo inata, íntima, que não precisa de muito alimento exterior, de muita experiência derivada da vida.”
(GOETHE 1749 – 1832)



“Menina prodígio – aos três anos e oito meses dava seu primeiro recital -, companheira inseparável de Perilo Galvão Peixoto (1913 – 2002), Marina Quartin de Moura – esse seu nome de solteira – também foi um marco na antiga Rádio MEC, Ministério da Educação e Cultura, aonde chegou a chefiar o setor musical da emissora, que era uma referência de qualidade na radiofonia brasileira.”
“Produtora dos programas ‘Atendendo Aos Ouvintes’, ‘Em Resposta A Sua Carta’, ‘Música de Todos os Tempos’, ‘Música, Apenas Música’ e ‘Quartetos’ – todos de maior sucesso, ela ingressou na Rádio MEC em 1942. Além de produtora musical, também escrevia sobre o tema. Teve artigos estampados em jornais da época. No ‘Diário de Notícias’, por exemplo, publicou texto sobre ‘O Saxofone na Música Erudita’, além de‘A Mulher na Composição Musical’. Nesta última, registra todas as compositoras que marcaram época no panorama musical erudito.”
 “Em 1932, como emérita pianista, recebeu a Medalha de Ouro da Escola Nacional de Música, por unanimidade de votos, com apenas 15 anos. Desde cedo impressionava público e especialistas, sendo saudada pela mídia de então como ‘Pianista Minúscula’, ‘Marina Criança’ ‘Marina Artista’.”
“Acerca de seu talento precoce, em abril de 1923, a revista ‘O Beija Flor’ fazia o seguinte comentário: ‘Marina Moura, filha do Sr. Eduardo José de Moura Filho [1867 – 1948], é uma mimosa e excepcional pianista carioca que tem pasmado assistentes entendidos, em recitais que vem realizando desde os quatro anos de idade, na Associação dos Empregados do Comércio, no Theatro Municipal e no Instituto Nacional de Música do Rio de Janeiro, conquistando sucessivos triunfos’.”
“Tão fascinada ficou com o talento precoce da iniciante pianista Marina Quartin de Moura – tinha apenas cinco anos – que a mecenas das artes Laurinda Santos Lobo (1878 – 1946), ‘a marechala da elegância’ da ‘belle époque’ carioca, emocionada após ouvi-la tocar, a presenteou com um piano para que pudesse desenvolver melhor seu talento.”
“Mãe extremada e profissionalmente solidária com os amigos, em 1964, à época da ditadura militar, quando chefiava o setor musical da Rádio MEC, prestou-se como testemunha de defesa a companheiros que eram apontados pelo regime de então como subversivos, entre eles, a professora Maria Yedda Leite Linhares (1921 – 2011) e o pesquisador musical Hermínio Bello de Carvalho (1935). Ambos seriam absolvidos.”
“Em duas crônicas publicadas por Artur da Távola (1936 – 2008) no jornal ‘O Dia’, em setembro de 1999, Marina Moura Peixoto e Perilo Galvão Peixoto - que produziu o programa ‘Ópera Completa’, de 1953 a 1956, na mesma Rádio MEC - foram incluídos na lista ‘Ave, Radialistas’, que destacava cerca de trezentos profissionais que fizeram o Rádio do século 20. Escreveu então o jornalista: ‘ Rádio, século 20. Pouca gente sabe agradecer ao rádio. O que fez, faz e fará pela alegria, distração, informação e cultura. Devemos ser gratos. Muito gratos aos radialistas. Fim de século! Século da televisão? Talvez. Sem dúvida, o século do rádio’.”
“Arnaldo José Senise (1945 – 2007), jornalista, musicólogo, pedagogo e pesquisador, autor de um livro sobre Guiomar Novaes (1894 – 1979), ‘A Volta da Primeira Dama do Piano’, considerava a arte de Marina ‘inimitável’.”
“Em 2005, entusiasmado, afirmou: - Ela tinha todas as grandes qualidades das pianistas excepcionais: tom, técnica, temperamento e lirismo, conduzidos sempre por uma inteligência musical bem preparada e cultivada.”
“Entre as façanhas que atribuiu a Marina, além da precocidade artística – ela passou a concentrar-se na música não muito depois de ter nascido, em 27 de março de 1917, na Tijuca, no Rio de Janeiro – está a de executar obras depois de apenas tê-las ouvido, sem ver a música.”
“ – É um dom extraordinário, diz Arnaldo Senise, confirmando outro dote que também extasiava as plateias: a capacidade que tinha, ainda aos quatro anos incompletos, de identificar, de costas para o piano, e depois tocar os acordes sugeridos  por pessoas presentes às audições.”
“O interesse de Senise pela vida e obra de Marina foi despertado ainda durante a diplomação dele pelo Conservatório de Música de Jaú, em São Paulo. Ao continuar seus estudos de piano, estética e análise musical com Sofia Mello de Oliveira (1897 – 1980), dileta discípula de Luigi Chiaffarelli (1856 – 1923), ouviu dela menções elogiosas a Marina Quartin de Moura – o Peixoto, no sobrenome, só viria em 1945, quando casou com o médico Perilo Galvão Peixoto e abandonou a carreira artística.”
“Autor do encarte da série ‘Grandes Pianistas Brasileiros’, Arnaldo José Senise levantava material para publicação de livro, acompanhado de CD, com gravações inéditas de Marina, que  considerava uma das melhores intérpretes das obras de Chopin, quando ele veio a falecer em 2007, inviabilizando o projeto.”
“Senise e equipe percorreram as várias capitais, entre elas, Aracaju, Maceió, João Pessoa e Vitória, aonde Marina fez ‘tour’ artístico levando sua ‘arte inconfundível e emocionante’. Recolhia documentos, pesquisava jornais da época, crônicas e artigos que foram publicados sobre a artista.”
“Pasmem, a maior dificuldade ele encontrou exatamente na Rádio Ministério da Educação e Cultura, onde Marina também se destacou como produtora musical, comandando, entre outros, os memoráveis programas‘Atendendo Aos Ouvintes’ e ‘Em Resposta A Sua Carta’.”
“ – Foi um trabalho árduo, de muito convencimento. Havia poucos remanescentes daquela época, algum material espalhado no arquivo morto, como fotos e ‘scripts’ dos programas. De gravação, uma muito especial: a das canjas musicais que ela dava a notáveis da época, entre eles, Roquette-Pinto (1884 – 1954), Heitor Villa Lobos (1887 – 1959) e Fernando Sigismundo (1915 – 2014), só para citar alguns. As gravações, todas com músicas brasileiras, que vão engrossar o CD com o livro sobre a vida e obra da artista carioca, foram feitas a pedido de Roquette-Pinto, sem o conhecimento prévio de Marina – informou então o jornalista.”
“ – O depoimento mais emocionado foi o de Fernando Segismundo. Ele nutria grande apreço não só por Marina como também pelo seu marido, o médico, jornalista e radialista Perilo Galvão Peixoto, que também conduzia um programa na mesma rádio em que a mulher trabalhava. Segismundo fala de uma Marina refinada, mas que era dotada também de grande simplicidade durante suas apresentações, onde mesclava sempre alegria e bom humor – ressaltou.”
“Mas não é só Senise que tem menções elogiosas a Marina. O jornalista, radialista e professor Reynaldo C. Tavares – autor dos consagrados livro e CD ‘Histórias Que o Rádio Não Contou’ – também reverencia a memória de Marina.”
“ – Num país em que se cultua apenas os fúteis artistas desprovidos de talento, mas prestigiados pela mídia tupiniquim, é gratificante ler sobre a vida e a obra da grandiosa pianista Marina Moura Peixoto. Sua história de vida, seu apego à arte, que ela tão bem traduziu nos acordes pianísticos que encantaram o Brasil afora, é uma história que merece ser sempre recontada.”
“Referência nas faculdades de Comunicação, na cadeira de Rádio-Tele-Educação, referenda não só a presença de Marina como pianista, mas também o grande serviço que prestou à radiodifusão como produtora do programa ‘Atendendo Aos Ouvintes’ na antiga Rádio MEC.”
“ – Sem exagero é possível dizer que foi o primeiro programa interativo, de utilidade pública, difundindo arte, com trocas de informação com os ouvintes, que tinham nela sempre um referencial de qualidade e conhecimento – contou o jornalista.”
“Se viva fosse, Marina Moura Peixoto estaria fazendo 98 anos no dia 27 de março deste ano. Ela morreu precocemente em 26 de fevereiro de 1975, vítima de um câncer, aos 57 anos.”
“O passado só tem sentido quando vivo. O verdadeiro passado não é aquilo que não existe mais. É aquilo que conserva um sentido para as nossas vidas de hoje. Pois memórias, como já dizia Afonso Arinos de Melo Franco (1905 – 1990), nada mais são que a reelaboração de um mundo extinto, mas nem por isso menos real.

Texto: Antonio Castigliola (1951 – 2010) - Atualizado por Fernando Moura Peixoto (1946)


Na trilha sonora, em gravação de 19 de agosto de 1965, Marina Moura Peixoto acompanha a soprano e recitalista  Dircéa de Amorim interpretando “Minha Marília”, modinha de Cândido Inácio da Silva (1800 – 1838).

4 de março de 2015

Simon Rattle: new concert hall was not precondition for accepting LSO job | Music | The Guardian

Simon Rattle: new concert hall was not precondition for accepting LSO job | Music | The Guardian:



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MÚSICA CLÁSSICA NO BRASIL: O DESAFIO DA POPULARIZAÇÃO






Música clássica no Brasil: o desafio da popularização
Institutos abrem caminhos para o erudito ficar mais perto do grande público

Embora o mercado nacional ainda seja restrito para a música clássica, os últimos anos foram marcados por uma expansão do setor. Festivais, conferências e a abertura de novos espaços, como a Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, e a nova sala de concertos da Orquestra Filarmônica de Belo Horizonte, são exemplos concretos do trabalho em prol da ampliação do acesso ao estilo musical, que também conta com eventos como a Conferência MultiOrquestra, promovida pela organização internacional British Council, para refletir e propor novas ideias para a música clássica no Brasil.

“No decorrer do século XX, houve um afastamento entre a arte contemporânea e a vida cotidiana. No caso da música, ela se tornou mais intelectualizada. A linguagem da música moderna, assim como da arte moderna, não está no dia a dia da grande maioria das pessoas”, afirma o presidente da Federação Nacional dos Meninos Cantores do Brasil, e diretor artístico do Coral dos Canarinhos de Petrópolis, o maestro Marco Aurélio Lischt, que destacou a importância de as pessoas terem um ouvido mais amplo para as diversas modalidades musicais.

Diversas instituições e profissionais têm trabalhado para manter a chama da música erudita acesa. Segundo o maestro, assim como existe um grande movimento de retomada da música clássica no Brasil, há também um trabalho de resgate da música sacra: “Este é um processo muito incipiente, mas começa a aparecer. Os compositores modernos se preocupam em escrever músicas que possam ilustrar as passagens da missa. No entanto, ainda há uma carência muito grande de compositores para a música sacra funcional, que possa ser usada na liturgia. Como esse processo está no começo, desejamos que esse movimento cresça com o passar do tempo”, comentou.

Hoje, os principais difusores desta arte são as grandes orquestras, que funcionam nos principais centros financeiros do país, como a Fundação Orquestra Sinfônica de São Paulo (Osesp) e a Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB). No entanto, apenas as orquestras não são suficientes para tornar a música erudita mais popular entre os consumidores de cultura no Brasil. Por isso, diversos grupos transmitem a música clássica para todos os tipos de público, em diversas partes do Brasil, através de outros meios.

Marco Aurélio Lischt ressalta que, neste ponto, os corais tem grande importância para auxiliar na disseminação da música clássica e na formação de novos públicos. O trabalho desenvolvido no Instituto dos Meninos Cantores de Petrópolis, por exemplo, contribui triplamente: na formação de cantores, no acesso à cultura e como meio de divulgação da arte, seja durante as apresentações ou por meio de sua discografia.

Para o maestro, quanto antes as pessoas se acostumarem a ouvir outras obras que não as comerciais, melhor. A constatação vem do convívio do Instituto dos Meninos Cantores que anualmente recebe dezenas de meninos e meninas interessados em fazer parte dos coros da instituição ou da Escola de Música, onde aprendem violino, violão, baixo, piano, órgão de tubos e regência coral. “Os alunos passam a ter um gosto mais apurado, buscando aprender e apreciar outras formas de manifestação artística. Além disso, essa formação cultural ajuda a ampliar a visão de mundo destes jovens, que passam a ter maior senso crítico e poder de questionar as coisas”, declarou, lembrando, no entanto, que este tipo de trabalho ainda não é desenvolvido em larga escala no Brasil. “As escolas ainda carecem de profissionais da área que possam propiciar uma formação musical de melhor qualidade entre os alunos e consequentemente fomentar um número maior de estudantes de música no ensino superior”, destacou.

Para o maestro os desafios ainda são muito grandes: “O Brasil ainda está aquém do que deveria ser uma atividade musical abrangente do ponto de vista nacional. O que se vê, por exemplo, numa cidade como o Rio de Janeiro, são pouquíssimas produções anuais de ópera e cortes no orçamento das orquestras profissionais, que não são muitas na capital de nosso estado”, afirmou, situando o Instituto dos Meninos Cantores como referência na persistência destas atividades musicais.  “Trabalhamos há 72 anos para manter esta expressão cultural em um país onde, talvez para muitos, as realizações musicais estão comprometidas ou já extintas”, ressaltou.

Philippe Fernandes

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Thomas Hampson: The famous baritone and his love for Franz Schubert

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